domingo, 11 de outubro de 2020

missing incompatibilities

I miss giving away my clothes cause they were too big for me. I miss finding clothes that were my size in any stores. I miss wearing my clothes btw. Almost none of them fit me at all nowadays. I miss when I had the energy to start a day without knowing for sure how it would end. It was like I had the power to create the day's story as it was happening. I miss when I looked myself in the mirror and thought how hot I was. How I was so comfortable with myself. I miss feeling hot. I miss the sensation of looking at my body and do not feel like I need to die to be beautiful again. I am looking like shit. I was not a pretty child I just became one when I got my period for the first time and then I thought I would never have to face me like that again.
Sometimes I dream about when I had a stomach disease and lost 10 kilos in two weeks. Why isn't happening to me right now, right? I would be sick but at least I would feel pretty. The stretch marks in my legs and belly just refuse to heal doesn't matter how much products I pass on it. People say I gained some pounds cause I had a stress incident... I miss when I was in high school and during my stress incident I just couldn't sleep and eat sometimes and that was it. Not pound gain. Gosh... I miss it when I was feeling good about myself. Sometimes I think about stopping eating till I get sick or something like that and lose some weight. But then I just think again. 
It was never hard for me to change my appearance. If I did gained some weight then I would stop to drink beer for two weeks and I would just turn back to the way I was. But now it's like... Nothing I used to do will work... And there are some days I just don't want to live being like this. Appearance counts for me. 
I don't want the pep talk bout accept myself and stuff. For real. That's not the body I want to have and that's it. I miss it when I was happy about the I way I am... 

sábado, 29 de agosto de 2020

remember me

Eu sempre me achei meio defeituosa quando se trata de envolvimento romântico. Minha primeira paixão real foi no meu melhor amigo. Meu confidente e uma pessoa que me compreendia muito bem na época. Certeza que ele era a pessoa em quem eu mais confiava, ou melhor menos desconfiava, durante meu tempo de ginásio. Porém, não consegui confiar suficiente pra me entregar cegamente. E me afastei por medo de ficar vulnerável por mais que aquilo pudesse doer em mim. Logo depois, por uma impulsividade de momento eu encontrei a pessoa com quem mais me dei bem em um relacionamento até o presente momento. Era um garoto com pai, mãe e irmão, casa meio conturbada e vida problemática. Ele não sabia onde queria chegar, só gostava do seu skate, suas musicas e seus jogos. Repetiu de ano na época porque não soube conciliar problemas familiares com escolares. Tinha mania de cair em brigas aqui e ali e não tinha discussões muito profundas sobre matérias escolares. Eu não pensava na época em como eu me daria bem com um ser desses.
Se eu escrevia algo sobre gostar de uma coisa, um ato, por mais sutil que fosse... Eu recebia do mesmo. Eu recebia total devoção, carinho e companhia. Treinavamos juntos no saco de pancada em seu terraço, matavamos aula no shopping, tínhamos encontros, jogávamos Playstation e World of Warcraft, falávamos de rock e skate. Não tinha um momento em que eu não me sentia pertencente. Era uma pessoa que até no meu pior momento, eu pude contar. Em desabafos após a meia noite onde eu me encontrava no meio do nada ou em problemas que não abro pra ninguém... Eu não era fácil de lidar, na época eu era irritadiça e mais rabugenta. Mas isso não era empecilho. 
Porém ocorreu um problema... Eu. Por mais que eu tivesse tudo, tudo mesmo que eu poderia querer em um garoto, tivesse memórias, momentos... Eu não me sentia completa. Não me leve a mal, eu era feliz, mas tinha a sensação de faltar algo mais. Tinha medo da minha vida ser apenas aquilo. 
Então eu simplesmente fui embora. De novo. Sem avisos. Sendo fria. Não derrubei uma lagrima por fora na frente de alguem.
O que eu quero dizer é... O que tem errado? O que é esse defeito meu? É o meu famoso enjôo? É frieza? É medo de vulnerabilidade? Metáfora de the wall? O que tem de errado comigo?
Peguei-me pensando em situações parecidas com essa, mas acho que esse foi o ápice. Onde me movimentei por puro defeito. Foram memórias boas, mas convenhamos, seguimos com nossas vidas e estamos bem onde estamos hoje. Tanto eu quanto o menino citado. Mas me peguei pensando não no rompimento, mas nesse meu problema em ter que terminar coisas, de não gostar de relacionamentos infinitos quase que de maneira subconsciente.
Será que algum dia isso vai parar?

domingo, 9 de agosto de 2020

mostly regret

Eu sempre fui uma observadora. Nasci como uma. Por mais que eu fosse tachada como um pouco imprevisível por algum tempo na minha vida, acredite, eu não era. Demorou um tempo até que eu aprendesse aonde eu queria chegar com meus atos ou simplesmente vivesse o momento. Por eu ser observadora, grande parte do meu dia era tomado por devaneios de aventuras que nunca vivi, situações que eu poderia criar e pessoas que eu poderia conhecer. Sabe, eu sempre fiquei tentada a conhecer os outros, entender todos e ouso dizer que estudar o outro fazia parte de uma rotina pessoal estranha que eu contemplo até hoje. Mas eu tenho um problema: eu não formei elos. Eu gostava de conhecer, mas não me aproximar tanto para que pessoas me conhecessem bem.
Por eu estar sempre com a sensação de exclusão desde criança (não que as pessoas me excluissem de nenhuma maneira, eu apenas sentia que não pertencia), eu não me apegava. E hoje, o ser que eu sou, fica realmente triste com isso. Quando criança, eu me forcei para longe de amigos que tive durante longos quatro anos porque fiquei com medo de que em algum momento ou de alguma maneira fosse excluída por não ter a mesma classe social que eles. Coisa que nunca aconteceu nesses quatro anos, mas que eu divagava que pudesse acontecer. Eu falei pra mim mesmo "vai embora, some, se quiserem saber de ti eles vão te procurar". Mas não. Ninguém procura quem escolheu ir embora. Eu hoje vejo fotos dessas pessoas que eu conheci muito bem um dia em uma realidade quase que alternativa e me arrependo profundamente de não ter semeado uma amizade duradoura com cada uma delas. Todas cresceram pra se tornar seres sensacionais. 
Não pense que parou ai, isso persistiu no meu comportamento como se fosse um muro que não parava de crescer. Eu afastei todos do meu ginásio, inclusive pessoas que tinham quebrado uma barreira muito difícil minha, pessoas sensacionais que talvez eu nunca seja capaz de conhecer de novo. Decidi me afastar de todos do ensino médio. Eu simplesmente vou embora porque eu tenho a mania de contemplar cenários de fora e não ser parte deles. Isso dói. 
Durante muito tempo eu me senti só. Senti que tudo isso era justificável de alguma maneira. Isso de fato é uma barreira pra minha fobia por vulnerabilidade. Por mais que eu seja amigo de alguém, eu não gosto de expor, de me expor, mas gosto de ajudar e aconselhar. Ainda como observadora. 
O problema de ser observadora e ser eu nesse caso é: eu tenho uma ótima memória. Eu lembro de quase todos os momentos que eu criei com as pessoas no qual eu me afastei, seja por bom ou nenhum motivo. Eu revivo, relembro e me arrependo. Eu sempre achei que não criar elos fosse a resposta pra evitar desapontamentos, mas... Eu estava errada. 
Eu tive ótimas aventuras, momentos sensacionais. Estes que são motivo de eu ter tanto sonhos que são apenas eu mesma vivendo isso de novo. Mas, de novo, me arrependo durante todo esse tempo em que eu deixei o lobo me guiar e me tornar uma pessoa sozinha. Eu me virei bem, me acostumei perfeitamente, meu muro contra vulnerabilidade funciona até hoje, mas... Eu me arrependo.

terça-feira, 21 de abril de 2020

disappear

Às vezes eu queria um carinho, um ato que me roubasse um sorriso, um cuidado a mais, um abraço. Uma conversa. Alguém que me perguntasse como realmente me sinto. Alguém forte o suficiente pra escutar tudo. Às vezes eu queria sumir, desaparecer de todos os problemas, jogar tudo pro alto e apenas isso. Queria companhia dos anjos de quatro patas que me tiravam dessa solidão que nada preenche. Queria um significado, um conselho. Um caminho. Às vezes eu queria escrever somente, rir de meus versos bagunçados que não são tão bons quanto aqueles que eu escrevia quando sabia ler melhor. Às vezes queria ficar só, sem responsabilidade, sem querer. Eu não entendo bem o que há, sei que não quero ficar, mas também não queria partir. Não queria ter mais que sorrir, fingir ser leve. Queria paz. Algo que busco a tanto tempo, rondei vários caminhos e atalhos e não encontro. Queria não ter a obrigação de fazer o que faço e voltar para hobbys bobos. Às vezes eu só queria tomar uma cartela de remédios toda. Eu só sei que tem vezes que eu só queria desaparecer... Olhar pro teto e ir pra onde quisesse. Eu só queria... Saber viver.

segunda-feira, 30 de março de 2020

só. somente só.

Vou pra janela aproveitar-me do meu vício pra olhar a rua. Rua esta vazia, quieta e triste. Tento viver mais um dia como se tudo fosse algo de minha rotina. Procuro desesperadamente coisas pra fazer e só vejo teto e parede. Tento comer, coisas diferentes, qualquer coisa... Mas tudo está sem sabor, sem vida... E logo depois vem o refluxo por ter comido demais. Eu não fazia questão de existir, mas já que estou aqui fico perambulando pra lá e pra cá, tentando mostrar um pouco de gratidão ao universo por ainda -por enquanto- estar viva. Não sinto vontade de sorrir, de chorar, de trabalhar... E olha essa é outra tarefa difícil, logo eu que já trabalhei de casa por tanto tempo, não consigo encontrar foco pra continuar. Só quero ficar deitada olhando pro teto. Sem sentir nada, sem fazer nada. Sinto falta de alguém pra conversar, pra dizer uma palavra e desabar nessa pessoa ou nesse alguém, pois esta foi por muito tempo minha cachorra cujo eu sinto muita falta... E choro toda noite quietinha de saudade. Sinto falta da energia da rua, de sentir minha independência, de me sentir livre e de não depender de uma única pessoa para ter interações sociais. Queria um abraço. Como eu queria um abraço... Umas cervejas, longas conversas. Mas nem nisso consigo focar meu pensamento mais. Só penso em como tudo perdeu o sentido... Gosto, prazer. Eu não sinto nada. Não sei se é só tristeza ou se é só. 

sábado, 4 de janeiro de 2020

dois mil e dezenove

Pensei bastante se deveria ou não escrever algo sobre esse ano conturbado cheio de altos e baixos que passou. Um ano que me tratou constantemente e me deu amigos incríveis.
Bom, logo de início não foi um ano nada leve... Tive um término bastante conturbado, triste e que me tirou o chão completamente. Que me deixou vazia de vontade de amar, mas com uma grande vontade de me aventurar. Aliás, nesse início de ano foi meu auge de gostosura vale ressaltar. Em meio a algumas tristezas, reencontrei meu melhor amigo e voltei a ter uma convivência quase que diária com ele. Mas nesse início de ano nunca me senti tão só. O que recarregava minhas energias de vez em quando eram minhas cachorras... Vivi romances aqui e ali, me reinventei. Estava com tanta coragem dentro de mim que finalmente decidi seguir meu sonho de me mudar para São Paulo. Não foi uma decisão fácil levando em conta que sou muito apegada ao meu irmão e as minhas cachorras, mas eu me mudei. Sem emprego, sem casa... Simplesmente vim. 
Agora pra parte dois: como viver em São Paulo racionando dinheiro e sem ter nada estável. Eu tive sorte, sorte de verdade. Tive amigos me ajudando o tempo todo. Fiz amigos novos, ganhei abraços inesperados. Mas isso não veio fácil... Ao mesmo tempo que isso aconteceu, já me peguei chorando as 6h da manhã no bairro Santana com apenas 15 reais na conta do banco. Mesmo assim não quis desistir, mesmo estando longe de quem eu amo e sem ter nada certo. Eu quis seguir em frente. Comecei a frequentar ambientes da minha área e em meio a isso tudo uma amiga me ofereceu uma vaga de emprego. E aí as coisas começaram a mudar.
Na terceira parte desse ano, tive um grupo de amigos consolidado pela primeira vez. Me apaixonei de novo e comecei a namorar. Tudo tão novo de uma vez só que chega a assustar.
Foi um ano libertador. Provavelmente o ano que mais viajei também. Início do ano teve minha amiga me salvando com arraial do cabo. Teve viagem inesperada pra Curitiba (duas vezes), Minas gerais e porto alegre (também duas vezes). Teve evento de tecnologia (alow front in sampa, the developers conference e nerdzao meetup). Teve eu ganhando primeiro lugar de hackathon na the devconf. Teve eu dando minha primeira palestra sobre Bootstrap e finalizando o ano com palestra sobre nodejs. Aliás, teve eu me formando no bootcamp da {reprograma} que foi uma experiência maravilhosa pra mim. São Paulo foi maravilhoso pra minha carreira e crescimento em tamanho que não pode ser medido.
Esse ano cheio de altos e baixos me surpreendeu demais. Espero que as coisas boas permaneçam pra esse ano que começou. E que eu colha os frutos de todo esforço que foi meu ano passado.

Feliz ano novo pra mim.