segunda-feira, 15 de julho de 2019

Sereníssimo

Eu gosto da paz que eu sinto. De respirar aliviada por estar em um refúgio, por me sentir tão bem que meu semblante muda. A energia fica mais alegre e eu volto a olhar os inocentes. Eu olho com tanto brilho nos olhos que chega ser incoerente. Eu não deveria, não devo, por isso não me abro pra ninguém sentimentalmente. Ou nao deveria me abrir nesta sua situação. Mesmo contando com a efemeridade, que sensação gostosa é esse teu sereno, não? Entre vozes e carinhos, eu consigo ir em outro mundo e voltar. Sorrir e me acalmar. Os sonos ficam mais pesados devido ao aconchego e a revitalização me conforta. Mesmo este não sendo meu mundo, é gostoso visitar. Visitar teu reino, visitar você. Eu sou da adrenalina, da singularidade, das aventuras e excêntrica. Meu mundo é do dinamismo e não do sereníssimo. Embora a visita esteja sendo muito prazerosa, e de fato está, isso não me pertence.
Quando eu acordar e perceber que nada disso cabe a mim, vai ser complicado porque isso tem me ajudado em dias ruins e tem melhorado meus dias bons. Mas é melhor que eu acorde. O mais rápido possivel. Pois este é o sonho de outro alguém que talvez mereça a pureza mais do que eu talvez um dia poderia pensar em merecer. Este sonho não é meu...
Estou tão caseira que nem me reconheço. Talvez porque casa signifique outra coisa no momento. Eu ainda vou entender melhor isso de ficar perto, sabe? ...
Eu queria ter a sorte de um romance tranquilo. Na verdade, eu queria?