sexta-feira, 25 de junho de 2021

Saint Swithin

Have you ever felt that connected with someone besides the voice that lives inside your head?
Have you ever had someone making you feel confident and secured without saying anything? Someone reading the invisible subtitles you're always giving away and no one understands. Someone knowing if you are happy or sad just by looking into your eyes.
A person which hug is the one who embraces the whole world. It's not someone you would feel the need and hurry to be side by side but someone you would like to meet again sometime someday just to laugh.
I know a couple of friends just like the description above. I can hear a crowd gossiping about how these two hypothetical people are meant for each other even though their knot is not for a lifetime.
When something actually happened it was one sided by both of them. Now it's the nothing's side. Just two good friends who got to know so much about each other without saying even a word. It's not a so called romance being narrated by a hidden voice actor about how things will turn up to be a novel. It's life. 
These two don't know about the shallow surface that goes within the skin. They know their deeps. They didn't spend lots of adventures together but shared lots of emotions being alone. Although their friendship is lit I think they are no fit. Their tastes are way too different. I have to repeat myself one more time: this is not a love story, right? This is a story about two people who know each other for a very long time.
Maybe these two can meet again sometime, someday in somewhere so unpredictable again. It's like a parallel world. They do not think of one and another, they just are free to be and suddenly meet again. 

May we meet again.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

filme de romance jovem

Acabei de assistir um filme de romance adolescente de um casal louco sobre a dificuldade que eles irão enfrentar em um futuro próximo, pois ela se apaixonou por um campus distante e ele já estava com uma vaga em uma escola muito boa. Eu não fiquei nesse problema... Fiquei maravilhada em como transcreveram corretamente o que acontece quando você se apaixona por um local e como isso ocorreu com ela.
Eu sofro do mesmo problema desta personagem, apego demais a momentos e coisas. Ela gosta de colecionar memórias, cria momentos especiais de uma hora pra outra e... Algum dia, espera uma retribuição. Mas não de qualquer um, de quem ela ama. Eu acho tão bonito... A vividez desses romances adolescentes, bailes que consideramos bobos e problemas pequenos que viram os maiores do mundo... Esses encontros em corredores escolares ou o desenvolvimento de um romance. A idealização do amor jovem toma conta de mim quando vejo estes filmes. É lindo, sou contagiada.
Eu criei meus momentos, nem todos retribuídos porque convenhamos que não é todo namorado que quer recriar uma cena de um filme dos anos 80 e te escrever uma carta de amor, mas eu colecionei memórias e fui pra onde eu senti que era correto e onde eu senti que me encontrei... Nossa, que gostoso foi esse filminho em uma sexta a noite.

sábado, 30 de janeiro de 2021

entp

Você com certeza já deve ter ouvido falar de mbti por aí. E é desse tópico que saiu o título do texto. O meu tipo de personalidade é um tipo muito odiado por aí, mas que eu escolhi amar. Só que... Eu não posso dizer que amo porque esse tipo é tachado de... Narcisista! Sim, o histrionico sutil dos encontros. 
Talvez você conheça uma pessoa que nem eu e não saiba. Eu tive sim certo complexo de superioridade inexplicável na infância que ao longo dos anos viraram insegurança. Mesmo assim, eu continuo sendo competitiva e uma das minhas ferramentas que mais gosto é justamente a minha comunicação. É meu superpoder. Eu consigo fazer a pessoa sentir o que eu quiser. E não apenas pelo poder, pelo meu querer, eu consigo manipular, assim como um sofista articulava ideias na Grécia antiga. E esse é o nome do meu tipo: the debater. 
Uma pessoa que tem opiniões fortes, é justo e caótico, vingativo e manipulador. Alguém que você quer ficar longe, correto? Talvez sim, talvez não. Se você gosta de viajar na maionese, mas sem falar de qualquer coisa que seja sentimentalmente íntima, você está no lugar certo. Essa sou eu. Todo dia eu divago sobre o conceito de ser e gosto de falar das minhas ideias, mas odeio a pergunta "tudo bem?". A retórica é algo que me irrita. 
Apresentei um pouco do que é esse tipo e resumi nestas mesmas linhas um pouco de quem sou. Uma pessoa forte e ao mesmo tempo insegura. E tá tudo bem. Mas o problema tá no narcisismo e no plano das ideias. Quando se ama ideias, você ama a idealização de alguma coisa sem querer. E isso me trouxe algumas decepções na vida, incluindo amorosas. Eu sempre ficava melhor sozinha, eu e meus cachorros. Por quê? Porque sou facilmente inclinada a enjoar de rotina, de querer fazer coisas diferentes e tenho a necessidade que a pessoa com quem me relaciono me ache especial de alguma maneira diferente e única. E contemple isso, regue todos os dias. E... Isso não acontece, porque isso é idealização. Daí... Vem a vida e leva coisas e pessoas como ondas. 
Eu não vejo muito problema nisso, eu sou detalhista e enxergo nas pessoas coisas únicas. Gostaria sim de ter essa reciprocidade, sabe? Este tipo que sou enquadrada é rodeado de diversos defeitos e claramente o mais odiado nos grupos por aí... Mas se você não gosta desse tipo de gente, que tipo de manipulação fez você ler até aqui sobre mim?
Boa noite.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

major hero

Se tem alguma coisa que eu sei que influenciou totalmente minha vida, essa com certeza foi a criação do meu pai. 
Eu ouvi desde muito nova que meu pai queria ter um filho homem, que pensava que só com este gênero teria intimidade, sabe? Uma coisa muito comum na geração dele. Mas quando eu nasci foi amor a primeira vista. Ele não ligou se eu era menino ou menina, ele só queria saber se eu estava feliz e saudável. Não me tirava do colo e eu sei que a partir daquele momento esse homem daria a vida por mim.
Os anos foram passando e não existia pai mais bobão, que mima bastante! Ele me ensinou a não ter medo, a encarar a vida, a ser mais dura e resistente e também me ensinou a lutar. Eu tenho memória pra movimentos de luta porque meu pai decidiu me ensinar com três anos de idade. Ele ajudava minha mãe com as fantasias loucas pra trabalhar meu lúdico na infância, como por exemplo papai Noel ou coelho da páscoa. Outra coisa sensacional era que ele era o protagonista da cozinha, não importa com o que ele entrava, sempre saia uma comida deliciosa e criativa. Falando em criação, todos os momentos cômicos que eu vivi na época em que meus pais eram casados foram roteiros dele. E quando eu fazia besteira... Era pra ele que eu corria. Ele sempre procurava conversar, entendia minhas razões e já brigou até com diretora dizendo que eu era a certa da situação. "Minha filha merece é um sorvete", disse ele após eu brigar na escola e ganhar mesmo estando em minoria (eram 4 contra 1). 
Ele não ligava pra o que as pessoas falavam... Que eu era muito masculina e essas coisas. Ele falava que iria deixar eu escolher o que quisesse independente de ser azul ou rosa, carrinho ou Barbie, luta ou ballet. Graças a ele, eu sempre tive essa liberdade. Tive muita boneca, mas também fazia minhas lutas muito feliz. E eu podia ver o sorriso dele em me ver feliz... 
Fui crescendo e meu pai, mesmo que de maneira conturbada, não deixou de estar lá. Nos abraços de fim de semana, nas noites viradas jogando silent hill no playstation 1 ou me mostrando como se mexia em carros. Ele me ensinou a dirigir, a me localizar na cidade. Em uma idade onde os outros estavam aprendendo a atravessar a rua, meu pai me ensinou a nunca ficar perdida. "Procura um ônibus que vai pra um bairro perto da sua casa, guria. Decora os lugares, presta sempre atenção", ele dizia. Ele também me falou de todos os assuntos tabus. Sim, foi meu pai que sentou em uma cadeira e me explicou sobre sexo. E foi de uma maneira tragicamente engraçada. "É, filha, chegou o momento de você saber... Eu transei com sua mãe", ainda é meio traumático lembrar haha. Ou do momento em que ele entrou na farmácia pra comprar absorvente pra mim porque eu tinha muita vergonha logo que comecei a menstruar e ele perguntou aos gritos qual era meu fluxo. Sim, ele sempre estava lá, do jeito dele. Sempre orgulhoso de mim. 
Se eu ficava triste por uma nota baixa no boletim, eu podia contar com meu pai pra me animar, pra me dizer que aquela nota baixa não era relevante perto de todas as outras altas. Ele ficava até de madrugada conversando da vida, contando de seus casos. Depois mais velho, essas conversas reflexivas foram feitas acompanhadas de umas cervejas. Também nunca vou esquecer quando as meninas da família estavam começando a namorar e eu não. Alertaram meu pai que eu seria lésbica, de maneira pejorativa, ainda mais por ter sido criada do jeito que fui e meu pai só olhou e disse "quer saber? Melhor que seja, homem não presta não, eu mesmo, não presto! Mas só acho que o que ela gosta não tem nada haver". 
No meu momento mais difícil, aquele abraço me acalmou. Ele estava lá brincando de lutinha e apelidando meus namorados por aí. E também me fazendo viver loucas aventuras... Umas muito boas e outras... Muito ruins. Mas sempre trouxeram um aprendizado.

Meu pai é meu herói. Ele me criou pro mundo, pra buscar felicidade, pra ser independente e me ensinou tanta coisa... Independente de quem ele é agora, ele me criou com carinho. Ele me criou como pai.