segunda-feira, 26 de novembro de 2018
Easy A
Perdão padre, eu pequei. Acho que é assim que essas coisas começam. Tô só imitando o que eu vi nos filmes . Depois disso acho que eu tenho que te dizer quanto tempo faz desde minha última confissão, mas essa é meio que minha primeira confissão. Eu não sou católica. Na verdade eu nem sei o que eu to fazendo aqui, exceto sentar aqui nesse banquinho e te conta o que eu fiz de errado. Por onde eu começo?
Eu tenho fingido ser… como eu falo isso de um jeito católico? Uma meretriz? Não é que eu tenha feito as coisas que as pessoas dizem que eu fiz, mas eu também não nego. Então eu te pergunto: isso é errado? Porque tem muita merda acontecendo… desculpa, porcaria acontecendo que pode ou não ter sido causada indiretamente por este meu disfarce.
Eu to mentindo. Eu posso ter causado o fim de um casamento.
É que eu pensei , de um jeito meio torto que eu poderia ajudar. É que muita gente tem me pedido para fazer coisas e eu achei que tudo bem porque não seria real sabe? E ninguém tava se magoando. Mas agora muita gente me odeia. Eu meio que me odeio também.
Posso estar errada aqui mas , você não deveria dizer alguma coisa? Me fazer umas perguntas? Dizer pra eu rezar umas Ave Marias? Uns Pai nossos. Um Glória a Deus, a Nossa Senhora, Aleluia.
Ei!! (bate palmas) Você ta me ouvindo? Gente, será que ele dormiu?
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
A lone
Vou te falar, esse ano tem sido bastante difícil pra mim. Não teve um minuto em que eu pudesse parar e descansar a minha mente. É uma sequência de fatos dando errado, uma sequência de coisas ruins. Mentiras, afastamentos, inveja, brigas... Esse ano tem sido isso. A cada dia que passa eu percebo que eu devo me doar menos e menos pras pessoas. Eu estava ateando fogo a mim para manter outros aquecidos. Eu estava passando noites em claro e outros dormindo tranquilamente.
Se 2016 foi o ano que eu aprendi a me amar, esse ano foi o ano que aprendi a me valorizar. A entender minhas pequenas vitórias, entender que eu sou minha maior fã e eu sou a única que vai ficar feliz com minhas conquistas. Esse ano aprendi que ninguém quer ouvir sobre seu sucesso ou vai entendê-lo. E aprendi isso na dureza. Assim como não querem te ouvir chorar, se cansam de ver você sorrir.
Eu tô ficando cada vez mais leve quanto a imensidão de loucura que rodeia minha cabeça. Pensei em desistir, confesso. Retomei antigos vícios. Mas tô melhorando, tô ficando a cada dia mais tranquila. Aliás, sobre ter alguém que fique orgulhoso de suas vitórias... eu conto tudo a minha cachorra, para ela apenas... acho posso nomea-la como a pessoa que sabe mais detalhes da minha vida e que me transmite as melhores energias.
Eu tô tentando aos poucos fazer coisas que eu amava. Desenhar, escrever, ler, atuar, cantar... E eu tô conseguindo. Aos poucos.
segunda-feira, 30 de julho de 2018
La Roue de Fortune
Como disse anteriormente, o meu primeiro semestre foi uma secessão de problemas que me desanimou bastante.
Eu virei outra pessoa e subi de novo meus muros.
Tomei uns sustos há pouco tempo. Tive que reaprender manias que eu sempre tive e deixei adormecidas. Peço desculpas pelos sumiços e até se me tornei um pouco individualista novamente, mas foram medidas necessárias.
Em uma noite, muita coisa mudou dentro de mim e eu já não conseguia mais enxergar o mundo da mesma maneira, pude passar um tempo sozinha junto dos meus pensamentos e notei com quem posso/não posso contar em questão de segundos.
Pessoas se afastaram, sumiram, mudaram...
Em uma noite, eu percebi que tenho que gostar de quem sou sim porque eu sou resultado das experiências que vivi, a vida inteira me fez desse jeitinho que sou, cheia de manias, loucuras e marcas.
E eu sou uma pessoa boa, animada e meio louca. Em uma noite, reascendi sorrisos e piadas, voltei a ter meu brilho. Em uma noite cheia de pequenos vícios, palavras e cerveja.
Em uma noite, eu voltei a me sentir bem, a ter orgulho de mim, a me importar comigo. Eu voltei a sorrir e a sentir. Minha confiança voltou junto das minhas alegrias. E, foi nesse momento que a roda virou.
Obrigada a todos os pensamentos envolvidos e a todos que fazem eu me sentir bem ❤
sábado, 30 de junho de 2018
...
Não estava com muita inspiração pra dar minhas caras por aqui. Sinceramente, achava que não tinha sobre o que escrever devido a tantos baixos pelo qual minha vida passou durante um tempo. Tive momentos bons, conheci pessoas maravilhosas, mas parecia que nada era suficiente pra me roubar sorrisos devido ao declínio em que se encontrava minha vida em vários aspectos e setores.
Há alguns meses um monstro apareceu embaixo da minha cama, um monstro que começou pequeno e já foi tirando meu sono e me deixando sem vontade de fazer coisas que eu amo. Primeiro foi a escrita e a leitura, depois ficou difícil pra sair de casa e quando me dei de conta, havia dias em que não levantava da cama. Dormir de noite era algo difícil e passei muito tempo sem dormir. Tudo estava desmoronando, eu lutei, perdi uma vez e desanimei e deixei-me levar pela sensação de inércia e pela "vontade" de apenas assistir o mundo desmoronar.
Fiquei sem chão. Vivi um dia de cada vez tirando o melhor de meus equívocos e sorrindo pelas pequenas vitórias e momentos alegres pelo qual podia desfrutar alguns dias... Difícil. Decepcionei-me muito com algumas pessoas, muitas máscaras caem em momentos de necessidade. Encontrei-me em uma fase da vida em que fui obrigada a voltar a ser fria se não eu ia quebrar. Em momentos complicados, medidas complicadas devem ser tomadas, certo? Houveram partes boas, com tudo isso acontecendo, eu encontrei novos amigos e os que já estavam perto se tornaram ainda mais próximos.
Passei por dores que nunca pensei que seria capaz de suportar. Sozinha. Retornei aos meus refúgios, voltei a antigos passatempos e reaprendi a levantar mais uma vez. Reforçando que mesmo sendo doloroso, todos os seres humanos mentem e nunca se deve baixar essa guarda que eu demorei tanto tempo montando. O que me resta é gargalhar se isso tudo for karma mesmo, não?
Ainda me resta um pouco de esperança pra esse segundo semestre mesmo que tudo já esteja retrógrado. Só vim explicar minha ausência e dizer que meu sumiço foi necessário, minhas feridas estavam muito expostas e não gosto de expor.
Tome seu capuccino, pegue seus fones e parta pra uma nova aventura a cada dia que você acordar como eu estou fazendo ainda, caro leitor.
terça-feira, 3 de abril de 2018
Reflections of a Skyline
give you my clothes,
tell you I love your shoes,
sit on the steps when you take a bath,
and massage your neck,
and kiss your face,
and hold your hand and go for a walk.
and meet you at Rudy’s and talk about the day.
watch great films…
watch terrible films.
and not laugh at your jokes.
but let you sleep for awhile.
your lips,
your neck,
your tits,
your ass.
and be amazed when you’re early.
feel your skin on my skin.
undying,
overpowering,
unconditional,
all-encompassing,
heart-enriching,
mind-expanding,
ongoing,
never-ending love
sexta-feira, 23 de março de 2018
Fairy Tale
Hoje, eu acho que você deve acreditar sim naquele filme dos anos 80. E digo: Fique com alguém que mostre como é fácil e simples estar com você, que goste de estar ao seu lado, independente do local, que preze sua companhia. Esteja com aquele cara que se você disser que está com saudade aparece às 3h em uma balada na Lapa. Fique com aquele homem que investigue os detalhes e entenda seus desejos e fantasias para te surpreender, com aquele cara que faz você se sentir a mulher mais interessante pra ele, a única com quem ele quer estar. Sem complicações, joguinhos ou abusos. O homem que não te faça questionar se ele te ama mesmo e quer você. Aquele cara que mesmo depois de dormir contigo e passar o dia ao seu lado, se esforce pra dormir com seu abraço e que sorria ao te olhar dormindo de manhã. Fique com aquele homem que te prioriza e não te rebaixa, que te ajuda e fica feliz com suas conquistas, que doa até aquele tempinho que não tem pra ficar contigo. Esteja com aquele homem que jogue com você e que goste de mostrar para o mundo que tem você ao lado. Esteja com um homem que não ache que suas emoções são drama e ache suas estranhezas maravilhosas. E que seja bobo e sarcástico contigo. Aquele homem que não precisa dar xilique por ciúmes e entenda que ele é seu pequeno mundo. Que não julgue o que você fez, que curta seus amigos e dance até o chão com você. Fique com aquele cara que vai te deixar sem ar e feliz ao vê-lo, com aquele homem que vai fazer você ir ao céu na cama. Com aquele cara que vai estar sempre pronto pra te escutar pós aquele dia bom ou ruim, o seu ombro, um companheiro. Aquele homem que presta atenção nos detalhes que te fazem feliz e que te faça feliz. Esse é o conto de fadas que eu acredito, o que eu penso ser uma relação a dois hoje em dia, sabe? Alguns dizem que eu perdi minha visão romântica, mas o que eu acho é que eu só passei a enxergar por outro ângulo.
quarta-feira, 21 de março de 2018
Copas
A ironia é que eu tinha a mesma cor de cabelo, mas por dentro estava totalmente diferente.
No ano de 2014, eu atingi a tão sonhada maior e idade e foi um ano de baixos e altos. Mais baixos do que altos. Eu estava no segundo ano de um técnico que havia me desanimado e no fim de um relacionamento e, em ano de copa, descobri um famoso aplicativo de paquera. Eu estava redescobrindo minha liberdade e deixando pra trás algumas decisões erradas que tinha e hábitos ruins também. De cabelos curtos, eu estava pronta pra conhecer novamente esse mundão de oportunidades. Eram tantas coisas novas surgindo na minha vidinha conturbada que eu nem sabia digerir, comecei a entender decisões e compreender atitudes e ligar um pouco mais pra mim, pois naquele mesmo ano tive um problema grave no estômago devido a estresse. E o psicológico também estava afetado, não posso negar.
Na última copa, eu ironicamente ganhei uma camisa da Alemanha (uma casual). Eu ri.
Nesse ano, teremos mais uma copa. E a menina tem seu cabelo curto, loiro e usualmente olhos verdes. Voltou a fazer exatamente paixões e hobbys que tinha largado na última copa. O aplicativo que conheceu? Conta deletada. Hábitos ruins? Deixados pra trás totalmente. Fora a menininha loucamente apaixonada.
E você, já refletiu como estava e pensava no último ano de copa?
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
Let it happen
Eu fui me acomodando em um espaço onde eu poderia controlar. Controlar meus sentimentos e me confortar com a vida.
Eu não sei exatamente o que houve. Vamos começar pelas primeiras coisas: o amor. Muitos podem me achar um pouco fria, mas -me dói dizer- eu não me importava muito com relacionamento. Na verdade, preferia o efêmero muitas vezes. Era mais fácil. Como disse, vulnerabilidade era algo assustador. Mas faz um ano que eu comecei a conversar com uma pessoa que, em poucos meses, mudou muitas certezas da minha vida. Eu fiquei paralisada quando o conheci e pude conversar. Era uma pessoa boa e que me encantaria, por reflexo, tentei me afastar. Obviamente não funcionou e isso gera boas risadas sobre como eu ignoro pessoas em aplicativos de mensagens instantâneas. Isso só não funcionou, como nos aproximou ainda mais e eu cai em um precipício que era um pesadelo: a vulnerabilidade de amar. Mas depois de um tempo, depois de entender essa queda, você entende o quanto é bom estar nas mãos de alguém, dividir sonhos e ter um braço pra fazer de travesseiro. Não me levem a mal, não foi fácil me entregar. Eu cultivei um mundinho só meu e não sabia se estava preparada para dividi-lo.
E ai... Chegamos ao segundo acontecimento: o meu profissional. Eu sempre fui uma pessoa curiosa pelas coisas que gostava de fazer e isso acarretou em muitos cursos e, em sua maioria, sem ter um fim. Quis saber de cada pedacinho de interesse pra não decidir "errado" as coisas e não me precipitar e adivinhem? Eu me precipitei. Achei que estava tranquila onde havia chegado e que iria evoluir dali e que aquele seria meu plano de carreira. Mas como disse no outro parágrafo, uma pessoa conheceu meu mundinho e por consequência, conheceu minha insegurança. E eu fui perdendo o medo de reaprender coisas que gostava, mas não me achava boa o suficiente para executar. E, quando meu mundo virou de cabeça pra baixo, essa pessoa me deu o maior apoio do mundo para mudar e eu segui. Se eu fui precipitada dessa vez? Não sei. Mas sei que não me sinto assim, feliz com o que faço há bastante tempo.
Mas sim, caro leitor, eu continuo insegura. Para me entregar, para prosseguir. E ainda me persegue o pesadelo de ser vulnerável a alguém, não que eu não goste, mas isso é normal. Acho que isso acontece quando se ama. Estou aprendendo a lidar com a falta de controle da minha vida e ficando alegre com as surpresas do acaso. Tirando o melhor das minhas efemeridades.