sexta-feira, 18 de abril de 2014
O meu agora
De certo, nunca senti isso. Sempre fui uma pessoa enamorada cheia de colegas e amigas, mas agora tudo o que penso é nesse vazio que toma conta de mim a cada segundo, penso sobre essa dor que toma conta de mim a cada vez que eu respiro. Sufocada por um vórtice de coisas ruins que me puxam de um jeito devastador para o inevitável desastre emocional e psicológico. Tudo o que tenho são memórias guardadas na minha mente como um álbum de fotos sem fim e as únicas alegrias que tenho durante o dia vêm com sorrisos por lembrar do passado.
As minhas noites são eternos vácuos que me tiram o ar, são incômodos que me apertam não deixando adormecer. Sinto-me indiferente e dispensável, mas não quero compartilhar isso com as pessoas e não derrubo lágrimas de pavor ao perceber o quanto minha vida está um caos.
Ninguém entenderia se eu tentasse explicar e não pretendo gastar saliva. Tenho problemas sem fim e, convenhamos que estou sozinha para resolver todos. Não adianta gritar em uma terra de surdos... Tudo o que faço é esperar, ver o tempo passar sem conseguir tocar nele... como se lençóis de ceda passassem pelas minhas mãos de um jeito escorregadio... Tudo o que faço é escutar algumas músicas e derrubar lágrimas ou construir sorrisos ouvindo-as...
Visto a minha máscara de ilusão para não mostrar aos outros coisas que não consigo resolver, limito minhas relações e não conto muito com os outros... Afinal, mesmo com esse pouco tempo de vida, já aprendi que tudo é passageiro.