Certo dia, sem esperar, inventei de dormir do outro lado da cama. Um lado diferente do que estou acostumada. Um lado que talvez pudesse me dar dor nas costas. Mas que surpreendentemente se mostrou muito confortável.
Eu decidi ver o dia com outro olhar e me esvair de coisas que só me puxavam pars o subsolo, decidi assumir quem sou e abraçar meus demônios um por um. Decidi ajeitar meus pensamentos durante uma noite de risadas e contos e dormi como a muito tempo não fazia. Dormi em paz. Em outro travesseiro.
Em meio a abraços reconfortantes e piadas infames, surgia uma harmonia maravilhosa. Eu dormi do outro lado da cama e não me deu dor nas costas. Dormi do lado que sempre gostei e não dormia fazia tempos. O lado da parede, longe da ponta da cama.. local este que já havia se tornado minha zona de conforto, a ponta.
Eu me senti bem e doei sorrisos pra alguém que nunca esperei que fosse recebê-los tão bem. E num amigo, encontrei momentos bons, tão bons merecedores de tal prosa. Talvez eu não estivesse tão bem e leve se não fosse tais momentos. Talvez eu estivesse, não sei. Mas foi bom compartilhar isso.
É gostoso e bruto como algo embasado em comida e estórias se fez tão presente tão rápido, mas me faz bem. E é isso que importa. Sabe por quê? Porque eu dormi do outro lado da cama sem me dar dor nas costas...
domingo, 31 de março de 2019
Eu dormi do outro lado.
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